Prazer em conhecê-lo André! Não é só voce! Essa é uma pré ocupação que carregou comigo desde os meus 7 anos de idade. E acredito que essa nova vontade, ou ate mesmo um bichinho que corre dentro de nós trazendo uma inquietação é genuíno, mas ao me deparar na minha própria vida pessoal com desafios nas quais não se fala muito porque nao da lides mas que é a cara da vida real de muitos compreendi que tudo começa em nós. Ao nos reconhecermos como parte de tudo, ao aprender que o que esta fora e reflexo do que esta dentro de nós, aprender a cuidar de nos nao apenas como corpo e seus cuidados básicos entre higiene e saúde mas como o próprio planeta que respira... sinto que tudo é a partir de nós...
Bem vinda Eunice! Sim, acho que essa questão é muito pertinente. Essa falta de empatia e de só olharmos para o nosso umbigo. Mas gostei do teu ponto, de nos tratarmos como deveríamos tratar o mundo e vice versa. Obrigado pelo comentário :)
André , estou tão desolada com o estado do mundo atual que tá difícil pensar em um mundo bom, sem guerras , sem ódio, sem racismo, sem lgbtfobia e machismo e tudo mais. Igualitário, onde os animais e humanos não são explorados.
Eu já vi muito ativismo de rua (sou vegana tem 15 anos) mas acabei parando na pandemia KKKKk e não voltei mais. Mas era muito divertido ! Só que eu nunca me sinto 100% confortável aqui na Alemanha e isso atrapalhou bastante no ativismo tbm
No Brasil eu fazia ativismo de rango vegano pra moradores de rua e tbm trabalhos em orfanatos. Mas era estressante KKKk pq a adesão era difícil 😣
E como sou veterinária, era inevitável o fato de que sempre tinha algum animal doente de rua na minha casa procurando um lar Kkkk
Mas fazer essas coisas me faziam muito bem!! Mesmo com os momentos de estresse ! Tanto que estava pensando em me juntar a algum trabalho voluntário. Tem tanta coisa legal rolando que precisa de mais gente … pensei em ajudar ou com moradores de rua, ou abrigo de animais ou com refugiados KKKk mas pela minha experiência de ativismo sei que fazer ativismo é lidar com pessoas , com outros ativistas etc, e isso muitas vezes gera estresse tbm
E claro, participar de manifestações é sempre importante e sempre procuro ir tbm.
E sei tbm que enquanto vivermos na sociedade atual, capitalista etc tudo que fizermos será enxugar gelo.
:( mas é o que podemos fazer. Consumir de forma consciente, fazer a diferença no dia a dia de cada pessoa que encontramos com nosso bom humor e leveza
É, eu percebo-te, hoje em dia as coisas não estão nada fáceis e confesso que estes pensamentos não são desligados das circunstâncias mundiais e nacionais atuais.
Sentes que conseguiste mudar um bocadinho o mundo ou a vida de alguém com o teu ativismo? Se calhar devia experimentar algo assim para não ser só da boca para fora... mas isso, também não tenho uma visão romântica da coisa. Acredito que deva ser muito difícil, sobretudo quando existem desafios ou uma pessoa não sente a recompensa para o esforço que dedica.
E sim, também acredito que a mudança real tem de vir de topo. Mas depois quem elege o topo somos nós não é...
Enfim, muita coisa. Obrigado pela resposta. Eu só gostava de conseguir perceber o que posso fazer a convencer as pessoas a pensar mais nisto ativamente e a serem mais bondosas. Mas se calhar não dá mesmo...
Não sinto que fiz do mundo um lugar melhor… acho difícil essa expressão. Eu com certeza fiz a vida de muitos animais melhor tirando-os da rua, tratando as doenças e encontrando um lar para eles. Também fiz o dia de crianças e idosos melhor com visitas e carinho. Mas o mundo? O mundo é tão grandão hahaha
Tento fazer dele um lugar melhor diariamente com minhas escolhas, meu posicionamento político, minha forma de consumo e até minha escrita … mas sim, talvez eu devesse voltar a fazer ativismo de rua :P
Eu quando penso no mundo que gostava que existisse penso num mundo sem fronteiras, onde (à excepção de pessoas com cadastro grave e que ainda não tenham cumprido a sua pena ou, tendo cumprido, são reincidentes) todos temos direito a circular por onde queremos (com uma espécie de passaporte terrestre). Também penso num mundo mais verde, onde as infraestruturas são feitas a pensar na natureza e em como se integrar nela ou protegê-la. Também penso num mundo mais empático, onde a diversidade é o padrão normal. Também penso num mundo onde se vive mais do que se trabalha, com apoios decentes à parentalidade.
Eu gostava mesmo era de perceber como chegamos lá. Tipo, votando claro, mas o que podemos fazer no nosso dia a dia para contrariar o ódio, a crueldade e sermos mais bondosos, melhores. E como podemos ajudar outras pessoas a sê-lo?
Daí a questão inicial: será que as pessoas querem mesmo, ativamente, um mundo melhor? E, se querem, porque não temos? Ou, se não querem, se quisessem teríamos um mundo melhor, mesmo?
Ou será que vamls só todos andando por este mundo. Sem realmente o mudar.
Enfim, desculpa a resposta longa, mas deixa-me inquieto de alguma forma todos estes pensamentos, mais a mais nos dias que correm claro. Ou será que o mundo não muda para melhor porque pessoas diferentes têm ideias do que esse mundo melhor é?
Não tens de pedir desculpa, adoro quando se gera conversa nos comentários! Fico mesmo feliz quando alguém me responde a um post e posso alongar-me na resposta. Sabe a troca verdadeira, e isso é raro e precioso.
Acredito muito que bondade puxa bondade, especialmente nas situações mais extremas, aquelas em que o instinto nos empurra para o oposto: no trânsito, quando estamos com pressa, quando alguém nos fala mal ou descarrega em nós o que devia resolver noutro lugar. Nessas alturas, responder com gentileza é quase um pequeno acto de resistência — e, ao mesmo tempo, um gesto contagiante. Porque a simpatia, quando é genuína, pode desarmar. Pode quebrar o ciclo.
Mas claro, também acredito que o mundo não é melhor porque há, infelizmente, pessoas más. E depois há pessoas que talvez nem sejam más, mas têm ideias muito diferentes do que significa um mundo melhor. Às vezes é só ignorância, outras vezes é uma rigidez assustadora. O difícil é que, para transformar o mundo (e sobretudo para o melhorar), seria preciso algum grau de entendimento comum — e estamos muito longe disso. Como mudar o mundo se nem sequer conseguimos concordar no que precisa de ser mudado?
Também acredito que bondade puxa bondade, embora também reconheça que é super difícil ter sempre paciência e calma e bondade quando ouvimos certas coisas. Mas acho que polarizar mais só piora também e que não há outro caminho. A questão é se conseguimos fazer esse caminho eficamente e tão rapidamente quanto necessário. Sinto que estamos a correr numa passadeira às vezes.
Talvez seja isso, faltar um entendimento comum, talvez seja mesmo esse o cerne da questão, daí ter perguntado o que era um mundo melhor para vocês? A questão é que aqui, pelo menos até ver, sinto que estou "pregando ao coro" (preaching to the choir em inglês) porque a maioria das pessoas que têm interagido aqui parecem ver o mundo e ter visões do mundo semelhante às minhas.
As pessoas más não andam por aqui no Substack. Parece-me.
E sim, também adoro ter uma conversa nos comentários e quando comentam um post meu, obrigado! 😁 Eu não sei é como é que consegues ler e dar atenção a tanta coisa Raquel, confesso. A minha Homepage é só gostos teus em textos de outros ahah. Isto é só inveja atenção! E já descobri muita coisa por ti, indiretamente, por isso obrigado mais uma vez. E tenho ainda de ler mais textos teus também. Mas acho que ainda não aprendi a gerir super bem o meu tempo e atenção aqui, entre escrever e ler e interagir.
Prazer em conhecê-lo André! Não é só voce! Essa é uma pré ocupação que carregou comigo desde os meus 7 anos de idade. E acredito que essa nova vontade, ou ate mesmo um bichinho que corre dentro de nós trazendo uma inquietação é genuíno, mas ao me deparar na minha própria vida pessoal com desafios nas quais não se fala muito porque nao da lides mas que é a cara da vida real de muitos compreendi que tudo começa em nós. Ao nos reconhecermos como parte de tudo, ao aprender que o que esta fora e reflexo do que esta dentro de nós, aprender a cuidar de nos nao apenas como corpo e seus cuidados básicos entre higiene e saúde mas como o próprio planeta que respira... sinto que tudo é a partir de nós...
Bem vinda Eunice! Sim, acho que essa questão é muito pertinente. Essa falta de empatia e de só olharmos para o nosso umbigo. Mas gostei do teu ponto, de nos tratarmos como deveríamos tratar o mundo e vice versa. Obrigado pelo comentário :)
André , estou tão desolada com o estado do mundo atual que tá difícil pensar em um mundo bom, sem guerras , sem ódio, sem racismo, sem lgbtfobia e machismo e tudo mais. Igualitário, onde os animais e humanos não são explorados.
Eu já vi muito ativismo de rua (sou vegana tem 15 anos) mas acabei parando na pandemia KKKKk e não voltei mais. Mas era muito divertido ! Só que eu nunca me sinto 100% confortável aqui na Alemanha e isso atrapalhou bastante no ativismo tbm
No Brasil eu fazia ativismo de rango vegano pra moradores de rua e tbm trabalhos em orfanatos. Mas era estressante KKKk pq a adesão era difícil 😣
E como sou veterinária, era inevitável o fato de que sempre tinha algum animal doente de rua na minha casa procurando um lar Kkkk
Mas fazer essas coisas me faziam muito bem!! Mesmo com os momentos de estresse ! Tanto que estava pensando em me juntar a algum trabalho voluntário. Tem tanta coisa legal rolando que precisa de mais gente … pensei em ajudar ou com moradores de rua, ou abrigo de animais ou com refugiados KKKk mas pela minha experiência de ativismo sei que fazer ativismo é lidar com pessoas , com outros ativistas etc, e isso muitas vezes gera estresse tbm
E claro, participar de manifestações é sempre importante e sempre procuro ir tbm.
E sei tbm que enquanto vivermos na sociedade atual, capitalista etc tudo que fizermos será enxugar gelo.
:( mas é o que podemos fazer. Consumir de forma consciente, fazer a diferença no dia a dia de cada pessoa que encontramos com nosso bom humor e leveza
Obrigado pelo comentário Taissa!
É, eu percebo-te, hoje em dia as coisas não estão nada fáceis e confesso que estes pensamentos não são desligados das circunstâncias mundiais e nacionais atuais.
Sentes que conseguiste mudar um bocadinho o mundo ou a vida de alguém com o teu ativismo? Se calhar devia experimentar algo assim para não ser só da boca para fora... mas isso, também não tenho uma visão romântica da coisa. Acredito que deva ser muito difícil, sobretudo quando existem desafios ou uma pessoa não sente a recompensa para o esforço que dedica.
E sim, também acredito que a mudança real tem de vir de topo. Mas depois quem elege o topo somos nós não é...
Enfim, muita coisa. Obrigado pela resposta. Eu só gostava de conseguir perceber o que posso fazer a convencer as pessoas a pensar mais nisto ativamente e a serem mais bondosas. Mas se calhar não dá mesmo...
Não sinto que fiz do mundo um lugar melhor… acho difícil essa expressão. Eu com certeza fiz a vida de muitos animais melhor tirando-os da rua, tratando as doenças e encontrando um lar para eles. Também fiz o dia de crianças e idosos melhor com visitas e carinho. Mas o mundo? O mundo é tão grandão hahaha
Tento fazer dele um lugar melhor diariamente com minhas escolhas, meu posicionamento político, minha forma de consumo e até minha escrita … mas sim, talvez eu devesse voltar a fazer ativismo de rua :P
Eu quando penso no mundo que gostava que existisse penso num mundo sem fronteiras, onde (à excepção de pessoas com cadastro grave e que ainda não tenham cumprido a sua pena ou, tendo cumprido, são reincidentes) todos temos direito a circular por onde queremos (com uma espécie de passaporte terrestre). Também penso num mundo mais verde, onde as infraestruturas são feitas a pensar na natureza e em como se integrar nela ou protegê-la. Também penso num mundo mais empático, onde a diversidade é o padrão normal. Também penso num mundo onde se vive mais do que se trabalha, com apoios decentes à parentalidade.
Gosto muito dessa visão também! 😊
Eu gostava mesmo era de perceber como chegamos lá. Tipo, votando claro, mas o que podemos fazer no nosso dia a dia para contrariar o ódio, a crueldade e sermos mais bondosos, melhores. E como podemos ajudar outras pessoas a sê-lo?
Daí a questão inicial: será que as pessoas querem mesmo, ativamente, um mundo melhor? E, se querem, porque não temos? Ou, se não querem, se quisessem teríamos um mundo melhor, mesmo?
Ou será que vamls só todos andando por este mundo. Sem realmente o mudar.
Enfim, desculpa a resposta longa, mas deixa-me inquieto de alguma forma todos estes pensamentos, mais a mais nos dias que correm claro. Ou será que o mundo não muda para melhor porque pessoas diferentes têm ideias do que esse mundo melhor é?
Não tens de pedir desculpa, adoro quando se gera conversa nos comentários! Fico mesmo feliz quando alguém me responde a um post e posso alongar-me na resposta. Sabe a troca verdadeira, e isso é raro e precioso.
Acredito muito que bondade puxa bondade, especialmente nas situações mais extremas, aquelas em que o instinto nos empurra para o oposto: no trânsito, quando estamos com pressa, quando alguém nos fala mal ou descarrega em nós o que devia resolver noutro lugar. Nessas alturas, responder com gentileza é quase um pequeno acto de resistência — e, ao mesmo tempo, um gesto contagiante. Porque a simpatia, quando é genuína, pode desarmar. Pode quebrar o ciclo.
Mas claro, também acredito que o mundo não é melhor porque há, infelizmente, pessoas más. E depois há pessoas que talvez nem sejam más, mas têm ideias muito diferentes do que significa um mundo melhor. Às vezes é só ignorância, outras vezes é uma rigidez assustadora. O difícil é que, para transformar o mundo (e sobretudo para o melhorar), seria preciso algum grau de entendimento comum — e estamos muito longe disso. Como mudar o mundo se nem sequer conseguimos concordar no que precisa de ser mudado?
Também acredito que bondade puxa bondade, embora também reconheça que é super difícil ter sempre paciência e calma e bondade quando ouvimos certas coisas. Mas acho que polarizar mais só piora também e que não há outro caminho. A questão é se conseguimos fazer esse caminho eficamente e tão rapidamente quanto necessário. Sinto que estamos a correr numa passadeira às vezes.
Talvez seja isso, faltar um entendimento comum, talvez seja mesmo esse o cerne da questão, daí ter perguntado o que era um mundo melhor para vocês? A questão é que aqui, pelo menos até ver, sinto que estou "pregando ao coro" (preaching to the choir em inglês) porque a maioria das pessoas que têm interagido aqui parecem ver o mundo e ter visões do mundo semelhante às minhas.
As pessoas más não andam por aqui no Substack. Parece-me.
E sim, também adoro ter uma conversa nos comentários e quando comentam um post meu, obrigado! 😁 Eu não sei é como é que consegues ler e dar atenção a tanta coisa Raquel, confesso. A minha Homepage é só gostos teus em textos de outros ahah. Isto é só inveja atenção! E já descobri muita coisa por ti, indiretamente, por isso obrigado mais uma vez. E tenho ainda de ler mais textos teus também. Mas acho que ainda não aprendi a gerir super bem o meu tempo e atenção aqui, entre escrever e ler e interagir.