Umas baratas tontas. Eram o que pareciam ser as pessoas lá em baixo a correr de um lado para o outro, sem tempo a perder. Ninguém olhava para a praça de touros no meio da cidade, cuja beleza contrastava com o espetáculo ignóbil que albergava de quando em quando. Ninguém se sentava num banco a ler, a aproveitar o invejável sol de inverno português. Ninguém parava. Ninguém tinha tempo.
Sofia gostava de se debruçar no parapeito da janela do seu quarto para observar as gentes em plena hora de ponta. Fascinava-a imaginar as histórias de vida das pessoas. “Aquele senhor parece perdido: está a ir buscar os filhos à escola porque a mulher está fora numa viagem de trabalho; Aquela senhora está a voltar do supermercado para cozinhar para o marido que deve estar a fazer horas extra; aqueles rapazes estão atrasados para um teste.” Claro, nunca teria confirmação sobre estas histórias, mas gostava de imaginar.
Ao contrário das outras pessoas, não sentia falta de tempo: pelo contrário, aborrecia-se muito facilmente. Era-lhe difícil preencher o tempo que tinha disponível. A sua rotina era bastante aborrecida: o seu despertador arrancava-a do sono às 7h, pequeno-almoço às 7:30 como todas as outras meninas do orfanato, e às 8:15 estava na escola. Argh, a escola. Que seca! Tinha entrado este ano no 7º ano, então tinha uma data de disciplinas novas, mas nenhuma lhe enchia as medidas. Era tudo dado à pressa, não havia tempo para nada. E isso chateava-a. Quando alguma coisa começava a ser interessante, passavam logo para outra coisa. Mas talvez as menos más fossem Educação Tecnológica e Física e Química. Sofia era, no fundo, uma croma não assumida. Uma croma fixe, gostava de pensar. Podem haver cromos fixes, não? Mas os seus colegas de turma pareciam não concordar. Não eram maus com ela, mas pareciam não lhe ligar muito. Nos intervalos jogavam todos um qualquer jogo novo de telemóvel que estivesse na moda, o Candy Ninja ou Fruit Crush ou lá o que era. A ela não lhe interessava nada disso. Então passava os intervalos a brincar lá fora, sempre com a sua parca laranja, a observar os pardais, a estudar as árvores, a pensar na sua mais recente invenção. Tirava notas de tudo no seu caderno com crocodilos desenhados na capa. Quando chovia, ia para a mediateca ler. Andava sempre com o seu MP3 também, prenda da Dona Rosa no seu último aniversário. Não tinha muito espaço, mas dava para ouvir as discografias de Linda Martini e Capitão Fausto e isso bastava-lhe. O seu livro favorito era o “Invenções Diabólicas”. Ajudava-a muito a imaginar o que podia melhorar no mundo e a perceber que tudo teve um início. O seu ídolo era Thomas Edison, o maior inventor do mundo. “Sabiam que ele inventou mais de 1000 invenções??”, dizia ela aos seus colegas com um brilhozinho nos olhos, ao qual eles, se se ousassem a tirar os olhos dos seus rebuçados eletrónicos, respondiam nasalmente “Foi ele que inventou o smartphone?”. Sofia, que conhecia tudo sobre invenções respondia “Não, isso foi o Steve Jobs em 2007 totó!”, “Então como é que não é o Tim Chops o maior inventor do mundo??”, diziam-lhe os colegas. Ela revirava os olhos. Não a percebiam. Nem ela a eles.
Ia levantar-se do parapeito quando um pequeno pardal lá pousou. “Um pardal a esta altitude?”, pensou. "Como chegaste até aqui pequenino?”, perguntou, obviamente sem esperar uma resposta. Nunca tinha ninguém com quem falar. Ainda assim o pardal pareceu reagir: inclinou a cabeça para a esquerda e chilreou, curioso. "É uma pena não conseguires falar... Talvez tu me conseguisses dizer melhor o que se passa lá em baixo.” Mais uma vez o passarinho pareceu reagir a Sofia. Mas antes que ela pudesse perguntar mais alguma coisa, ele foi-se embora.
Sentiu-se só de novo, mas estava habituada. Tinha de se habituar. Na escola não tinha amigos de verdade e no orfanato todas as outras achavam que ela era esquisita. A começar pela Dona Anica, a governanta do orfanato de Nossa Senhora da Ironia. "Sofia, ai de ti que armes alguma na tua próxima entrevista!”, dizia, apontando-lhe uma régua de forma ameaçadora. “Quanto mais depressa eu me vir livre de ti e das tuas artimanhas, melhor!” Referia-se aos engenhos de Sofia: uma torradeira que barrava manteiga automaticamente, uma bicicleta de água, um rádio de energia solar, e até uma aplicação que dizia em tempo real o sítio mais perto para se estacionar! Claro, muitas destas ideias não passavam do papel, mas aqui e ali Sofia ainda conseguia pôr algumas delas em prática. Afinal, quantos desenhos do caderno do Leonardo Da Vinci não tinham ficado por materializar também?
“As meninas não criam engenhocas! Isso é para os meninos!", insitia a Dona Anica. "Porquê?", questionava-a Sofia. "Ora, porque sempre foi assim. O papel das meninas e das mulheres na sociedade é a de cuidar das suas casas, dos seus filhos e dos seus maridos. Funcionou com a minha avó, com a minha mãe, comigo e funcionará contigo.” Ainda não compreendia bem porquê, mas sempre que falava com Dona Anica, Sofia sentia como se estivesse a viajar para trás no tempo. E não compreendia, primeiro, o argumento de que, se sempre foi assim, assim será. Antes da invenção da luz elétrica, o mundo também era muito mais escuro e sombrio, mas qualquer invenção geralmente mudava o mundo para melhor. E depois, o facto de que, sendo ela uma rapariga, não se poder interessar por ciência, por tecnologia, por engenhocas… É verdade que sempre que lia ou consultava um livro de inventores e cientistas eram quase sempre homens e realmente não percebia bem porquê. Adorou quando descobriu sobre a Marie Curie. Uma mulher cientista! Estava entre os seus ídolos também. Não fosse ela sentir-se mais atraída por engenhocas e ganhava até ao Edison! Mas não era por ser uma menina que se sentia menos capacitada para ser inventora. Era das melhores alunas da turma, só se aborrecia porque não davam as coisas com tempo, mas conseguia perceber sempre tudo. Aliás, talvez por causa disso até, como a matéria era dada à pressa, ela conseguia apreender tudo facilmente. Já os seus colegas tinham dificuldade em acompanhar, entre jogos de telemóvel às escondidas e mensagens de WhatsApp, não conseguiam prestar atenção e as coisas passavam-lhes ao lado.
Voltando ao pardalito: Sofia decidiu fazer dele um projeto científico, como não podia deixar de ser. Tinha gostado dele. Então, começou a guardar um pouco do papo seco do pequeno-almoço todos os dias para deixar no parapeito da janela na esperança dele aparecer mais vezes para o estudar. Mas este pardal era fino. Apareceu algumas vezes, apreciou que lhe dessem de comer, mas passado uns dias fartou-se. “Restos de papo seco consegue ele facilmente no jardim do Campo Pequeno, os velhotes dão”, deduziu Sofia. Não, para o convencer a vir mais vezes, teria de ser mais astuta. Então começou a preparar-lhe buffets tipo pequeno-almoço de hotel de pardal: maçã, banana, arroz seco, e até alpista. E ia variando também. Isto não conseguiria o pássaro arranjar noutro sítio tão facilmente! O isco estava lançado, era impossível o pardal resistir.
Como conseguia tudo isto? Bem, como conseguia tudo para as suas invenções: A Dona Rosa arranjava. E de graça! A Dona Rosa era muito fixe, talvez a pessoa mais fixe do mundo. Era uma das cozinheiras mais velhas do orfanato. Era super querida com todas as meninas, mas tinha claramente um carinho especial por Sofia. Isso era razão mais que suficiente para a Dona Anica não gostar dela.
“O que andas a magicar desta vez, minha querida?”, perguntava-lhe a Dona Rosa, carinhosamente e com curiosidade genuína.
“Oh nada, estou só a tentar fazer com que este pardalito venha mais vezes me ver. Não é normal os pardais voarem tão alto, e eu gostava de o perceber melhor. Então decidi alimentá-lo para o poder estudar”, respondeu Sofia.
“Ho ho, lá nisso tens razão, n’é normal um passarito desses aventurar-se assim”, acrescentou a Dona Rosa, enquanto dava a Sofia mais uma leva de comida para o manjar do pássaro. Falava com uma voz doce mas tinha um sotaque que não disfarçava as suas raízes alentejanas.
Dia após dia, o ritual repetia-se. Quando chegava da escola, ia ter com a Dona Rosa, preparava o farnel do pardal, e esperava. Estava a resultar. O pássaro às vezes, talvez nos dias em que tinha mais fome, até começava a chegar antes dela e a piar impacientemente. Sofia ia tirando notas de tudo, do seu tamanho, da sua forma, cores, do seu piar. Estava a tornar-se um companheiro. Se ao menos ela conseguisse falar com ele…
É isso! Tinha de inventar uma forma de comunicar com ele. Mas como? Com uma pesquisa rápida no Google descobriu que já existia alguma investigação sobre o assunto. Existiam equipas que capturavam dados bioacústicos e treinavam modelos de aprendizagem profunda que mapeavam esses sinais para uma linguagem inteligível. Ainda sabia pouco sobre aprendizagem profunda, mas graças à sua profunda capacidade de aprendizagem sabia que era uma tecnologia inovadora mas simples em conceito: se tivermos um conjunto de dados e soubermos ao que é que cada dado corresponde, conseguimos aprender a fazer essa ligação automaticamente!
“Pfff, tão fácil?”, pensou. “Basta recolher um pequeno conjunto de dados do pardal e adaptar um destes modelos.” Só precisava de uma maneira de gravar os chilreares do pardal. Foi direta a correr ter com a Dona Rosa. Ela teria com certeza um rádio-gravador velho. O marido da Dona Rosa, o Senhor António, ouvia sempre os relatos da bola no seu pequeno rádio a pilhas. Então com certeza que a Dona Rosa lhe arranjava um.
E assim foi. Passou os dias seguintes a anotar no seu caderno dos crocodilos os comportamentos do pardal enquanto escutava os seus chilreares. Este processo permitia a criação de etiquetas para que, a cada piar, correspondesse um comportamento ou uma frase que Sofia anotava, como por exemplo “Tenho fome”.
Depois, bastou apenas transferir as gravações do gravador rádio para um dos computadores da mediateca do orfanato, sacar o modelo, e afiná-lo para as suas gravações.
Sofia orgulhava-se das suas capacidades de programadora. Ela achava que os programadores eram os novos inventores. Inventavam todo o tipo de aplicações, a única diferença é que estas eram virtuais e não engenhocas físicas. Ainda assim, afetavam a vida real das pessoas, o seu quotidiano, e ela gostava de ver esse impacto.
Finalmente, soldou um pequeno chip de processamento que mandou vir da Amazon ao gravador para que pudesse correr o modelo treinado - “Benditas aulas de ET!”, pensou - , ligou uns headphones baratos que tinha comprado numa loja dos trezentos com o dinheiro que a Dona Rosa lhe tinha dado junto com o MP3, e colocou mais um buffet à disposição do pardal. Estava entusiasmadíssima!
O pardal lá apareceu. Agora era o teste final. Sem ter direito sequer a ensaio geral. “Olá pardalito! Olha, estás a ver esta caixinha mágica? Com isto vou conseguir compreender-te!”, disse Sofia.
“Fónix! Aponta lá isso p’ra outro lado oh miúda que eu não sou cá dessas novas tecnologias ou o camandro, he!”, escutou ela nos seus auscultadores. Ficou parada por um breve segundo, incrédula. Não sabia o que a surpreendia mais, se a sua engenhoca ter funcionado à primeira, se o sotaque bairrista do pardal.
“Desculpa! Uau, nem acredito que estou a falar com um pássaro… parece um sonho.”, continuou Sofia, ainda estupefacta.
“Um pássaro! Mas achas que sou um pássaro qualquer miúda? Tás a falar com o Professor Pardal tá bem? Um bocadinho de respeitinho se faz favore, hã!”, escutou Sofia de novo. O sotaque do pardal fazia-o lembrar um treinador de futebol que se lembrava de ter escutado na televisão quando era pequenina. Ao olhar para o pardal, este parecia ter o semblante carregado. Ou então foi só a impressão sua. Os pardais podiam sequer ter semblantes carregados?
“Desculpa outra vez! Pois, não é qualquer pardal que sobe a estas alturas. Um prazer Professor Pardal, eu sou a Sofia Olga Silva!”, disse. “Sofióloga, para os amigos…”, acrescentou Sofia inicialmente com orgulho, mas por um breve instante pensou que nunca tinha dito aquilo a ninguém…
“Sim sim, prazer e tal. Vá, menos conversa e mais alpista se faz favor. Cadê o pitéu?”. O pardal fofinho era afinal extremamente mal educado! Mas não se deixou levar por essa sensação.
“Ah claro, aqui tens. Hum, posso te perguntar porque é que voaste tão alto? Não é comum os pardais fazerem-no”, tentou desconversar Sofia.
“Eu tenho assim umas ideias malucas nhom nhom. É por isso que me chamam Professor Pardal eheh. Não tens aí a tigelinha com água não? É que alpista com alpista deixa-me um bocado embuchado. Mais que os papos secos, he!, he!”
“Que ingénua que sou, pensei que te chamasses assim por seres um pardal”, riu-se Sofia enquanto lhe passava a taça com água.
“O que é que isso tem a ver? O professor pardal é uma galinha lol.” O pardal tinha dito literalmente “lol”? “Nã’há má nada hoje? Tá fraco isto pá”, resmungou o pardal.
Sofia começava a ficar irritada com este Prof. Pardal. "Olha, não gostes não comes, tá? Pobre e mal agradecido pá.”, resmungou enquanto retirava as taças ao pardalito. “Além disso, nunca ouviste dizer que o primeiro milho é para os pardais?”
"Olha-me esta a armar-se em esperta…”, pareceu escutar Sofia nos seus auscultadores, mas muito baixinho. Uma dessintonia por certo. “Atão mas é isso que eu sou miúda, ou não me tás a ver bem? He!”, retorquiu o pardal.
"Ih, pois é.", soltou Sofia, atrapalhada. "Mas… o ditado significa para não te apressares porque o melhor ainda está para vir… Isto se te portares bem, claro" , Sofie agia como achava que uma mãe devia agir. Por outras palavras, sendo orfã, não fazia ideia do que estava a fazer. Ainda por cima o pardal fofinho parecia-se mais com um quarentão malcriado burgesso do que com um pequeno anjinho fofinho como tinha imaginado que seria.
"Epá que chata, pareces mesmo a minha cota, chiça". “Boa!”, pensou Sofia. Estava a resultar! “O que queres de mim afinal?”, perguntou por fim o pardal.
"Quero saber o que faz um pardal aqui tão alto, já te disse. Não é normal.”, pressionou-o ela.
“Pá, como eu te disse eu sou assim meio maluco né? E não gosto de ser tipo Maria Vai Com As Outras!”. O pardal… tinha acabado de fungar? E aquilo era um sobrolho franzido? Estava a imaginar coisas... “Pá, e eu sei que um gajo tem de se aventurar se não nunca chega a lado nenhum. Olha, se não tivesse voado alto não tinha enchido o bandulho à borla estes dias tod…” Sofia pareceu escutar um pigarrear nos fones. “Pá, eu fui feito para voos mais altos, tás a entender? Então de vez em quando aventuro-me.” Sofia tinha voltado a colocar as taças junto do pardal. O pardal tinha voltado a empaturrar-se com deleite e maus modos. Espalhava alpista por tudo o quanto era sítio.
"Estou a ver. Então e a que mais sítios foste?" A sua vida era feita de constantes vai-e-vens entre a escola e o orfanato, nunca tinha grandes oportunidades de explorar mais o mundo. Era por isso que adorava livros e invenções e de imaginar a vida das outras pessoas do seu parapeito. Imaginando, podia criar, podia moldar o mundo. E tudo a partir do seu quarto e da sua cabecinha.
"Deixe cá ver então, nhom nhom,”, continuou o pardal de bico cheio. Enquanto falava, migalhas de alpista saíam da sua boca que nem gafanhotos, e outros pedaços ficavam colados ao seu bico. Uma vez piou, mas mais parecia ter sido um… arroto? “Pá já fui até Alvalade, à Graça, lá dão bastante pão, mas tens de andar à zaragata com os pombos, é um bocado chato… Já fui ao Jardim Zoológico fazer cocó em cima dos ursos eheheheheh. Sou ganda maluco! Ah, e agora há pouco tempo descobri um sítio que metia medo: eram só engenhocas como a tua, mas mais antigas.”, finalizou o pardal, enquanto bebia grandes goles de água. Tinha ficado embuchado. Falar e comer, é no que dá.
Sofia arregalou os olhos. “O quê?! Onde? Quando? Como? Desembucha pá…rdal. Desculpa.”, atirou, subitamente interessadíssima. Finalmente, alguma coisa de útil!
O pardal interrompeu os seus goles de água e disse: “Atão é o que eu tou a fazer, a beber água para desembuchar miúda!”
“Não, sobre esse sítio!”
“Hum? Ah! Não sei, não me lembro bem”, mentiu o pardal atabalhoadamente. Entretanto bebia água como quem sorve uma sopa. “Ahhhh”, exclamou de satisfação quando acabou.
“OU ME CONTAS SOBRE ESSE SÍTIO OU VOU-TE FAZER PIAR FININHO!!”, ameaçou Sofia. O seu olhar até metia medo ao susto.
“Eep? Epá, não sei, há uns anos atrás talvez. Bom, take it ize? Ah, ok! Obrigadinho pela comida sim? Se calhar vou andando já.”, tentou escapulir-se o pardal.
Estava já virado para trás, pronto a descolar, quando ela de pronto o agarrou que nem um falcão a caçar a sua presa.
“Nem penses que largas essa bomba e vais assim embora!” Não sabia o que lhe tinha dado, mas nunca tinha agido com tanta determinação e certeza de que tinha de saber mais em relação a este assunto.
“Quê?”, piou baixinho o passarito.
“Tens de me contar mais sobre esse sítio! Onde é esse tal laboratório? Levas-me lá.” Não estava a perguntar.
“Humm, ok. Amanhã quando vier comer mais, dep…”
“Não. Agora.”, sentenciou Sofia. E o pássaro, mesmo sem maçã de Adão, pareceu ter engolido em seco.
Este capítulo é parte de uma história maior que estou a escrever. Se quiseres podes ler o prelúdio aqui:
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Eu adorei! Achei genial o nome Sofia Olga , Sofióloga! É uma personagem forte e cativante.
O pardal também é cativante e engraçado. Ansiosa pra os próximos capítulos :)
História muito divertida, revejo-me um pouco na Sofia, no meu caso o fascinio eram as formigas :) Adorei ler, não estava nada à espera das saídas do pardalito ahaha. Agora estou curiosa pela continuação.